17 de julho de 2011

E se eu precisar de atendimento médico

Conforme dados do Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010, Alagoas conta com 3.120.494 habitantes. Deste total, segundo publicação do secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, mais da metade da população vive em situação de pobreza ou miséria.

Com isso, boa parte dos alagoanos sofre com a ausência de necessidades básicas para uma vida digna. Entre as quais, alimentação, educação, qualificação profissional e tantas outras questões igualmente relevantes. E se a realidade assim o é, essa parcela da população, de uma forma ou de outra, vai precisar de cuidados médicos. Afinal, mesmo aqueles que são agraciados com ao menos três refeições por dia vez ou outra necessitam.

Para tanto, não seria exagero afirmar que mais da metade dos alagoanos precisa recorrer ao serviço público, entre hospitais e profissionais mantidos a partir do bolso da própria população. É nesse momento, aliás, que o índice de pobreza se torna ainda mais alarmante, pois, os então "esquecidos" aparecem. E o resultado, em palavras sutis e de acordo com publicações da imprensa, é uma prestação de atendimento inadequado.

Portanto, é no serviço de saúde pública que os outros problemas são escancarados. Pois se não há prevenção, ou melhor, investimento em medidas estruturantes para levar a erradicação da desigualdade social para além do discurso, os hospitais públicos continuarão apresentando a realidade incômoda que se espalha entre comentários, estatísticas e reportagens.

Que realidade é essa? Bem, para ficar apenas em alguns exemplos (com publicação na mídia) pode-se citar as mortes ocasionadas por superbactéria, os sequestros e assaltos e as greves de funcionários. Enquanto o dinheiro público é utilizado para pagar "internações" de pacientes já falecidos. Detalhes, aliás, que são muito ruins para a imagem do próprio estado e podem, inclusive, se tornar um problema generalizado, afetando outros setores, tais como o turismo (a menina dos olhos de Alagoas).

Ora, um serviço de saúde pública de qualidade também atrai turistas. E com uma estrutura satisfatória de atendimento, tratamento e cirurgia, mesmo uma personalidade pública, dotada de patrimônio financeiro acima da média, como é o caso de um governador, poderá entrar nos corredores do hospital sem sustos, evitando a despesa extra com um tratamento no Sírio Libanês, por exemplo.

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