Em matéria de cinco minutos e meio, imagens, estatísticas e histórias apresentam uma dura realidade de Alagoas, estado com o maior número de homicídios no país. Na reportagem, deficiências estruturais são apresentadas. Entre elas, o número insuficiente de peritos no estado e a grande quantidade de processos não concluídos.
Só para se ter uma ideia, a Associação Brasileira de Criminalística recomenda que haja um perito a cada cinco mil habitantes. E Alagoas, com uma população de 3.120.494 pessoas, possui apenas quarenta, apresentando uma diferença de 560 para o número ideal de peritos. Quanto ao número de processos de homicídios no estado, já são 3.944 não concluídos, segundo o Conselho Nacional do Ministério Público.
Detalhes de uma realidade que não é recente. E em se tratando de números que impressionam, basta lembrar dos assassinatos de mais de trinta moradores de rua, ocorridos em 2010, que, a propósito, também foram destaque em mídia nacional, através de reportagem exibida pelo Fantástico.
Em 2011, aliás, estatísticas da OAB/AL indicam que este número já chega a 14. Quantidade próxima ao número de vezes que a agência dos Correios de Jequiá da Praia foi assaltada só este ano e à média anual de taxistas assassinados durante assaltos, de acordo com levantamento do Sindicato dos Taxistas de Alagoas, que registrou noventa mortes em dez anos.
Fatos que evidenciam um estado fragilizado, em meio a um cenário de incerteza e a uma estratégia de segurança bastante limitada. Situação que permite a existência de estatísticas alarmantes. E coloca a sociedade alagoana em posição de refém da criminalidade, entre homicídios, roubos, sequestros e demais abusos à dignidade humana.
No mapa da violência, um lugar se destaca no Brasil: Maceió (AL). Cidade onde os pais temem pela vida de seus filhos e os filhos choram a morte dos pais.
Trecho da reportagem do Bom Dia Brasil
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