24 de novembro de 2011

De olho na blogosfera #2

Em outubro, blogueiros alagoanos mostraram porque estão cada vez mais fortes |

Sou Jorge é o maior "barato"! É com este desabafo de Laíse Moreira, publicado no primeiro dia de outubro deste ano, que iniciamos o nosso passeio mensal de olho na blogosfera. Um post, aliás, que deu muito o que falar e em quatro dias já contava com mais de cinquenta comentários. E este não é um caso isolado, diga-se de passagem. Afinal, com o desenvolvimento das redes sociais online a voz dos consumidores se tornou tão abrangente quanto a voz das empresas.

E ignorar isso pode afetar significativamente o futuro dos negócios. Situação esta, aliás, que os proprietários da Arezzo sentiram na pele**. E você, querida C&A, não está imune! Até porque, ao primeiro sinal de insatisfação, clientes como a Lua Beserra agora podem apontar falhas e cobrar mais respeito diante de um número inimaginável de espectadores. Assim como podem, a depender da atuação da empresa, atrair mais clientes com elogios e outras publicações igualmente interessantes.

E olhe que tem uma geração ainda mais afiada vindo por aí: a geração Z. Quem são eles? Nossas crianças, que entre dispositivos móveis e redes sociais online nos apresentam uma nova forma de ver o mundo, assim como testemunhou Ana Paula Montenegro no papo blogueiro com os irmãos Theo e Davi Braga. Contudo, e é bom que se diga, esta nova geração também se apresenta entre contrastes sociais. E diante de inovações tecnológicas, há aqueles que sequer podem pagar por um sorvete, como nos lembra João Paulo da Silva.

No entanto, a pobreza não é o único desafio a se enfrentar. E diante disso, surgem algumas iniciativas e também algumas perguntas. Entre elas, uma bastante pertinente para os dias de hoje. Isto é, as correntes e campanhas virtuais fazem efeito? Assim como nos interroga João Ferro, em reflexão que vale a pena conferir. E é necessário sim pensar sobre tais questões, até porque o cotidiano em que vivem nossas crianças influenciará consideravelmente as decisões dos adultos de amanhã. Portanto, essa é a hora de fazer alguma coisa. Afinal, poder lembrar com carinho da saudade de ter a idade que não tenho mais é um prazer que gostaria de ver também em nossos pequenos, ao crescerem, a exemplo do relato de Glória Maria Vieira em seu blog.

Em outubro, as vítimas das enchentes ocorridas em Alagoas voltaram a ser lembradas |
Foto: Blog da Laíse Moreira* |

Mas, como nem tudo são flores, nos coloquemos na pele de uma criança que tem vivido sua infância em péssimas condições de vida, a espera de promessas que nunca se concretizam, e quando os ventos parecem trazer boas novas, toma conhecimento, a partir de cidadãos indignados como Paulo Veras, de que sua família e as demais vítimas das enchentes de 2010 terão que pagar por casas. E aí, para a história não ganhar contornos ainda mais trágicos (e um tanto quanto desagradáveis também para a pessoa de Teotônio Vilela Filho), dias depois de tal anúncio o governo volta atrás e decide bancar pelas casas dos desabrigados**, como nos revela matéria assinada pela jornalista Fran Ribeiro.

E que fique bem claro para as autoridades. Estamos de olho! E, felizmente, cada vez mais atuantes. Alerta que também vale para os empresários, afinal entramos na era do ciberativismo e do consumidor 2.0... mané é o escambau! Isso mesmo. E eu não recomendaria ignorar a exclamação de Leonardo Arcoverde. Pois nem tudo que parece vantajoso é de fato. Dito isso, é bom ficar atento às considerações de Raphael Fernandes, até porque, por mais inusitado que pareça, entre ações promocionais, uma faca de dois gumes e a linha tênue entre os dois lados da moeda há muita semelhança.

Portanto, enquanto cidadãos, é mais do que necessário refletirmos sobre como estamos caminhando e cantando... E a partir de considerações como as de Zélio Marulo Jr renovar nossas atitudes e buscar um futuro que mais tenha a ver com o significado da palavra presente, quando chegarmos lá.

Diante disso e das lutas que já se levantam, entre tantos links e tantas histórias, faço das palavras de Richard Plácido as minhas palavras. Isto é, quero contar aos meus netos como foi ser blogueiro em Alagoas. Mas confesso, espero que o verbo ainda esteja no presente. Pois ser um vovô blogueiro deve ser fantástico. E para encerrar, concordo com Nô Gomes, afinal, uma marcha contra algo é preciso. Ou melhor, mais de uma. Fica a dica!

7 comentários:

João F. disse...

Muito bom o texto. Interessantíssimo apreciar a riqueza e a desenvoltura (sem se afastar da concisão) com as quais você interligou textos de blogs dos mais variados temas. Tudo isso em prol da blogosfera alagoana, que tem tanta coisa boa para oferecer. Parabéns pelas palavras e pela iniciativa. Muito obrigado, também, claro, pela homenagem ao "A hora ideal"!!! Continuemos postando!

Clauderlan Vilela disse...

Obrigado, João. É muito gratificante saber que o post foi bem recebido. Palavras como as suas me inspiram a sempre trazer novidades por aqui. E continuemos postando!

Laise Moreira disse...

Olá Clauderlan, primeiro, muito obrigada pelas citações. Segundo, parabéns pelo texto maravilhoso. Continue com o trabalho, você tem futuro! Parabéns

Clauderlan Vilela disse...

Obrigado pelas palavras, Laíse! Fico feliz que tenha gostado do post. Seja bem-vinda!

Richard disse...

Valeu, meu caro! Parabéns!

Anônimo disse...

Realmente, Clauderlan. Lindas as pontes que você fez entre os mais variados moldes de textos.

Agradeço por fazer parte, viu!? Um abraço carinhoso, querido.

Clauderlan Vilela disse...

Olá, Richard! Valeu pela visita! E, Glória, seja bem-vinda!
É recompensador ver o texto sendo valorizado. Obrigado a todos!

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