21 de agosto de 2011

Indicativo de greve


Feliz ano novo! Bradavam os brasileiros com o chegar de 2011. Momento este, aliás, que marcava um novo início para muitos cidadãos tupiniquins, em suas roupas brancas e cheios de esperança. No mesmo dia, a sucessora de Lula, Dilma Rousseff, tomava posse de seu mandato à frente do governo federal e entrava para a história como a primeira mulher a conquistar tal honraria.

E assim o ano começou, em festa. No entanto, aquele dia se foi e a expectativa pelo que estava por vir, dia após dia, foi dando lugar à realidade. E ao que tudo indica, muita gente não gostou. Tanto é que hoje a palavra greve ocupa lugar de destaque nos mais variados ambientes, seja online ou off-line. E se você estuda ou trabalha em instituição federal de ensino, sabe muito bem do que estou falando.

Mas voltemos um pouco no tempo, mais precisamente para o dia 9 de fevereiro de 2011. Afinal, neste dia, o governo anunciou um corte no orçamento no valor de 50 bilhões de reais. E na ocasião, o Ministério da Educação foi notificado que o ano teria continuidade com 3 bilhões de reais a menos. Contudo, em resposta aos dizeres em questão, reitores de universidades federais alertaram que não havia espaço para cortes nas instituições.

Detalhe que aparentemente não alcançou o Planalto Central, haja vista a decisão em assembleia, dos servidores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), pela aprovação do indicativo de greve, em 17 de março, e a sua posterior deflagração por tempo indeterminado, ocorrida no dia 10 de junho. Situação essa que se estendeu, com adesão dos professores, ao Instituto Federal de Alagoas (Ifal), em greve desde o dia 12 de agosto.

A propósito, só no Ifal são mais de cinco mil estudantes a esperar uma resolução desse impasse para voltar às salas de aula. E pelo visto é só uma questão de tempo para o mesmo acontecer com os graduandos da Ufal. Afinal, os professores da universidade estão prestes a engrossar o coro das reivindicações e já tem paralisação planejada para a manhã da próxima quarta-feira, 24.

Aliás, a considerar o estado do campi do Ifal em Murici e do campi da Ufal em Arapiraca, o cancelamento dos concursos públicos (em detrimento da quantidade insuficiente de servidores) e o aumento da inflação (sem reposição salarial) fica até vexatório para o governo federal dizer que os ajustes só virão em 2012, como se tem anunciado na mídia, até porque, entre outras coisas, os novos prédios (ainda em reforma) e o aumento do número de vagas no vestibular já fazem parte do cotidiano dos estudantes. Portanto, há muito a se ajustar. E as explicações estão aí, acessíveis a todos (inclusive, via Youtube).

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